Sim quero filhos, mas porque devemos ter laços de sangue? Quando as pessoas vão perceber que as relações de parentescos são apenas criações sociais? Cada cultura possui uma relação diferente. Existem culturas em que o pai da criança é o irmão da mãe e não o marido dela. Quando a nossa sociedade perceber que tudo não passa de mais uma regra social, talvez possa aceitar a adoção.
Quando falo que não vou gerar uma criança muitas pessoas se espantam, elas acreditam que estou me privando do ritual de passagem para a maternidade, que em nossa sociedade se chama gravidez. Sim um ritual de passagem onde o indivíduo se prepara para uma nova fase de sua vida, uma fase com maiores responsabilidades e preocupações. Uma fase de magia onde a mulher é igualada a mãe natureza, e um dos poucos momentos onde supera o masculino por ser quem dá a vida. No entanto, gerar um filho é fruto da natureza humana, mas criá-lo está no campo da razão e, não somos seres de razão?
Não estarei me privando do momento de magia na vida de uma mulher, apenas não estarei sendo egoísta (do meu ponto de vista, não pretendo julgar quem queira engravidar). Digo isso porque não compreendo o motivo de colocar mais uma criança no mundo enquanto existem várias que são fruto da natureza e não da razão humana. Como acredito em um amor racional posso amar alguém como filho independente dos laços consanguínios. Só existe uma coisa de que não abro mão, do papel social de mãe, esse faço questão de representar.
Aqui você vai encontrar pensamentos de alguém que não aceita as coisas como são, que não tolera frases como "sempre foi assim, não vai mudar". Não esqueça são apenas pensamentos, e eles nem sempre farão sentido para você.
terça-feira, 27 de maio de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
olha... eu acho que nada substitui a "esperiência" de ser mãe, no meu caso pai. Vendo sob a ótica da razão, adotar um filho representa, sobretudo, um ato de amor com a humanidade, que é deseumana ao abandonar seres menores e indefesos. O homem é a única espécie que abandona filhotes que não estão doentes... Assim como é o único 'animal' que mata sua própria espécie sem motivo aparente... Adorei teu texto com muito conteúdo! BJUZ
Oi LAriê
Concordo com você, mas como te falava ontem, por mera curiosidade ou ego, não sei,( Freud explicaria), terei um da minha barriga também, só para ver a mistura que vai dar, hehehehehe...Sabes como eu quero ser mãe, falo em 4 filhos e as pessoas pensam que sou louca, tudo bem, digamos que sou: Louca por crianças e louca para ensinar coisas lindas para eles.Tomara que eu consiga.
Só para me estender no assunto, a primeira será Antônia em homenagem a bisa que me tráz uma das mais belas imagens da infância: Quando ela soltava os longos cabelos de índia que escondia em um coque durante o dia.Espiávamos pelo buraco da fechadura.
beijo
Você ousa refletir apesar das tentações do pensamento único, e isso é bom apenas para uma minoria - um seleto grupo que pode mudar o caminho de muitos.
Parabéns!
Fabiano Couto
Postar um comentário