Domingo passado, assiste uma reportagem mostrada pelo programa Fantástico sobre os índios Kamayurá. Achei muito desagradável a forma que abordaram o assunto. Glória Maria, reporter da matéria, demonstrou todo o seu etnocentrismo em relação aos ídios. Ela não disfarçou o quanto acreditava que os rituais, quais descrevia, lhe pareciam primitivos.
Considerando o meu descontentamento com essa reportagem muito interessante, porém abordada de forma etnocêntrica, enviei o e-mail abaixo para o Fantástio.
"Boa Noite!Acabei de assistir a reportagem de Glória Maria sobre os indíos Kamayurá. Como aluna do curso de Ciências Sociais me incomoda ver a forma como essa reportagem está sendo abordada. Glória ao se referir aos rituais deste grupo indígina utiliza termos que podem distorcer a função do mesmo. Refiro-me a dizer que as mulheres quando menstruam ou ganham o filho são "obrigadas" a ficarem "presas" dentro das ocas. "Obrigadas" e "presas" são termos muito fortes e o que elas passam nesses períodos pode não ser encarado por elas desta forma. Essas mulheres consentem com o ritual, e talvez ele não as incomode como sugere a forma de descrever os fatos nesta reportagem. Quero chamar atenção para a maneira como essas reportangens vem sendo conduzidas. Deve-se ter um maior cuidado com o etnocentrismo cometido sobre os indígenas. Gostaria de pedir maior cautela, visto que esta reportagem pode vir a contribuir com o preconceito presente no senso comum sobre esses indivíduos."
E recebi a seguinte resposta:
"Larissa, gostariamos de registrar que respeitamos a sua opiniao e critica. Encaminhamos suas consideracoes diretamente para os produtores da materia. Criticas, sugestoes e elogios sao sempre bem-vindos.
Cordialmente,
Central Globo de Comunicacao"
Não espero muito, apenas gostaria que refletissem sobre o que lhes disse.
Aqui você vai encontrar pensamentos de alguém que não aceita as coisas como são, que não tolera frases como "sempre foi assim, não vai mudar". Não esqueça são apenas pensamentos, e eles nem sempre farão sentido para você.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
Do Sétimo Andar
(Composição: Rodrigo Amarante)
Fiz aquele anuncio e ninguem viu
Pus em quase todo lugar
a foto mais bonita que eu fiz,
você olhando pra mim
Alto aqui do sétimo andar
longe, eu via você
e a luz desperdiçada de manhã
num copo de café
Deus sabe o que quis foi te proteger
do perigo maior que é você
E eu sei que parece o que não se diz
o seu caso é o tempo passar
Quem fala é o doutor
Parece que foi ontem, eu fiz
aquele chá de habupra te curar da tosse do chulé,
pra te botar de pé
E foi dificil ter que te levar
àquele lugar.
Como é que hoje se diz?
Você não quis ficar
Os poucos que viram você aqui
me disseram que mal você nao faz
E se eu numa esquina qualquer te vir
será que voce vai fugir?
Se você for, eu vou correr!
Se for eu vou.
Fiz aquele anuncio e ninguem viu
Pus em quase todo lugar
a foto mais bonita que eu fiz,
você olhando pra mim
Alto aqui do sétimo andar
longe, eu via você
e a luz desperdiçada de manhã
num copo de café
Deus sabe o que quis foi te proteger
do perigo maior que é você
E eu sei que parece o que não se diz
o seu caso é o tempo passar
Quem fala é o doutor
Parece que foi ontem, eu fiz
aquele chá de habupra te curar da tosse do chulé,
pra te botar de pé
E foi dificil ter que te levar
àquele lugar.
Como é que hoje se diz?
Você não quis ficar
Os poucos que viram você aqui
me disseram que mal você nao faz
E se eu numa esquina qualquer te vir
será que voce vai fugir?
Se você for, eu vou correr!
Se for eu vou.
domingo, 2 de dezembro de 2007
É dificil de aturar!
Por que as pessoas não pensam duas vezes antes de falar? Será que não percebem a besteira que estão fazendo?
Estou falando de afirmações que tive de escutar em um curso na semana passada. Afirmações preconceituosas que só vem reforçar a discriminação sofrida por algumas pessoas em relação a sua vestimenta, moradia e classe social. Referir-se a papeleiros como potenciais assaltantes é vergonhoso. Dizer que deve-se ter alguns cuidados ao contratar alguém para sua empresa, como saber onde o indivíduo mora e se ele deve para a SERASA, visto que essa pessoa pode facilitar um assalto, me doeu na alma.
Por favor, alguém que é contratado para dar um curso sobre segurança não tem o direito de formular um perfil de "delinquente" segundo a suas percepções do senso comum. É imprescindível que todos os dados fornecidos sejam baseados em pesquisas estatísticas e com suas fontes citadas.
"Meu ouvido não é penico!"
Estou falando de afirmações que tive de escutar em um curso na semana passada. Afirmações preconceituosas que só vem reforçar a discriminação sofrida por algumas pessoas em relação a sua vestimenta, moradia e classe social. Referir-se a papeleiros como potenciais assaltantes é vergonhoso. Dizer que deve-se ter alguns cuidados ao contratar alguém para sua empresa, como saber onde o indivíduo mora e se ele deve para a SERASA, visto que essa pessoa pode facilitar um assalto, me doeu na alma.
Por favor, alguém que é contratado para dar um curso sobre segurança não tem o direito de formular um perfil de "delinquente" segundo a suas percepções do senso comum. É imprescindível que todos os dados fornecidos sejam baseados em pesquisas estatísticas e com suas fontes citadas.
"Meu ouvido não é penico!"
quinta-feira, 29 de novembro de 2007
O que me indigna é a falta de indignação.
As coisas horríveis da vida estão tão banalizadas que ninguém faz nada. Todos gritam quando vêem na televisão notícias sobre corrupção, ficam chocados e indignados, porém essas mesmas pessoas quando tem oportunidade são as primeiras a furar uma simples fila para entrar em um show de banda.
Para mim isso não faz sentido algum. Como reclamar dos erros que alguém comete, se quando posso escolho a opção que me benefície e prejudique os outros. Que direito eu tenho para falar dos deputados e senadores, se quando tenho oportunidade tiro vantagem das pessoas ao meu redor.
Quem sou eu para criticar toda e qualquer ação antes de considerar meus próprios atos. E por que quando critico o faço em relação àqueles que não podem me ouvir ao invés de gritar para o fulano que furou a fila respeitar que está nela.
Por que não grito ao ver uma criança passando fome, ao ver pessoas em trabalhos escravos? Por que me importo quando os fatos atingem apenas o meu bolso?
QUERO GRITAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAR SOBRE TUDO QUE DEVE MUDAR!
Para mim isso não faz sentido algum. Como reclamar dos erros que alguém comete, se quando posso escolho a opção que me benefície e prejudique os outros. Que direito eu tenho para falar dos deputados e senadores, se quando tenho oportunidade tiro vantagem das pessoas ao meu redor.
Quem sou eu para criticar toda e qualquer ação antes de considerar meus próprios atos. E por que quando critico o faço em relação àqueles que não podem me ouvir ao invés de gritar para o fulano que furou a fila respeitar que está nela.
Por que não grito ao ver uma criança passando fome, ao ver pessoas em trabalhos escravos? Por que me importo quando os fatos atingem apenas o meu bolso?
QUERO GRITAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAR SOBRE TUDO QUE DEVE MUDAR!
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