Aqui você vai encontrar pensamentos de alguém que não aceita as coisas como são, que não tolera frases como "sempre foi assim, não vai mudar". Não esqueça são apenas pensamentos, e eles nem sempre farão sentido para você.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

A nova lei de adoção e o preconceito do senado

A cegueira conveniente da mídia a cada dia que passa me deixa mais perplexa. Os meios de comunicação passam um mês discutindo a morte de um gênio da música (deixo aqui a minha admiração por ele) e suas excentricidades, mas são incapazes de chamar atenção da população para o ato preconceituoso realizado pelo nosso senado.
A nova lei que trará grandes melhorias e menos burocratização ao ato de adoção, também cutucou a bancada religiosa dos senadores. Tais políticos tiveram o descaramento de fazer chantagens (essa foi a melhor palavra que encontrei para descrever tal atitude preconceituosa) para aprovar a nova lei, pois foi somente depois do pedido de retirada do artigo que permitia a adoção por casais homossexuais que nosso “distintos” políticos aprovaram tal lei.
A justificativa para tal atitude refere-se ao fato de não existir união legalizada entre casais homossexuais em nosso país. Não entendi tal alegação, visto que, a nova lei permite a adoção por solteiros e casais com união estável. Teoricamente, então, um solteiro homossexual pode solicitar a adoção.
O que me preocupa nesta história toda é que as adoções por homossexuais ainda vão ficar a merce do preconceito ou não do nosso judiciário. Como não há nada que proíba a adoção por casais do mesmo sexo esta pode ser aprovada, mas como não há lei que regule esse direito os homossexuais vão depender da aprovação do juiz. E se o nosso judiciário agir em conformidade com o nosso senado, infelizmente, muitas crianças continuarão sem lar por puro e simples preconceito.

Gostaria de registrar aqui a minha indignação com a a falta de indignação dos meios de comunicação e demais pessoas a parte dos acontecimentos da nossa sociedade.