Aqui você vai encontrar pensamentos de alguém que não aceita as coisas como são, que não tolera frases como "sempre foi assim, não vai mudar". Não esqueça são apenas pensamentos, e eles nem sempre farão sentido para você.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Que "Fantástico"

Domingo passado, assiste uma reportagem mostrada pelo programa Fantástico sobre os índios Kamayurá. Achei muito desagradável a forma que abordaram o assunto. Glória Maria, reporter da matéria, demonstrou todo o seu etnocentrismo em relação aos ídios. Ela não disfarçou o quanto acreditava que os rituais, quais descrevia, lhe pareciam primitivos.



Considerando o meu descontentamento com essa reportagem muito interessante, porém abordada de forma etnocêntrica, enviei o e-mail abaixo para o Fantástio.



"Boa Noite!Acabei de assistir a reportagem de Glória Maria sobre os indíos Kamayurá. Como aluna do curso de Ciências Sociais me incomoda ver a forma como essa reportagem está sendo abordada. Glória ao se referir aos rituais deste grupo indígina utiliza termos que podem distorcer a função do mesmo. Refiro-me a dizer que as mulheres quando menstruam ou ganham o filho são "obrigadas" a ficarem "presas" dentro das ocas. "Obrigadas" e "presas" são termos muito fortes e o que elas passam nesses períodos pode não ser encarado por elas desta forma. Essas mulheres consentem com o ritual, e talvez ele não as incomode como sugere a forma de descrever os fatos nesta reportagem. Quero chamar atenção para a maneira como essas reportangens vem sendo conduzidas. Deve-se ter um maior cuidado com o etnocentrismo cometido sobre os indígenas. Gostaria de pedir maior cautela, visto que esta reportagem pode vir a contribuir com o preconceito presente no senso comum sobre esses indivíduos."



E recebi a seguinte resposta:



"Larissa, gostariamos de registrar que respeitamos a sua opiniao e critica. Encaminhamos suas consideracoes diretamente para os produtores da materia. Criticas, sugestoes e elogios sao sempre bem-vindos.

Cordialmente,

Central Globo de Comunicacao"



Não espero muito, apenas gostaria que refletissem sobre o que lhes disse.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Do Sétimo Andar

(Composição: Rodrigo Amarante)


Fiz aquele anuncio e ninguem viu
Pus em quase todo lugar
a foto mais bonita que eu fiz,
você olhando pra mim

Alto aqui do sétimo andar
longe, eu via você
e a luz desperdiçada de manhã
num copo de café

Deus sabe o que quis foi te proteger
do perigo maior que é você
E eu sei que parece o que não se diz
o seu caso é o tempo passar
Quem fala é o doutor

Parece que foi ontem, eu fiz
aquele chá de habupra te curar da tosse do chulé,
pra te botar de pé

E foi dificil ter que te levar
àquele lugar.
Como é que hoje se diz?
Você não quis ficar

Os poucos que viram você aqui
me disseram que mal você nao faz
E se eu numa esquina qualquer te vir
será que voce vai fugir?
Se você for, eu vou correr!
Se for eu vou.

domingo, 2 de dezembro de 2007

É dificil de aturar!

Por que as pessoas não pensam duas vezes antes de falar? Será que não percebem a besteira que estão fazendo?

Estou falando de afirmações que tive de escutar em um curso na semana passada. Afirmações preconceituosas que só vem reforçar a discriminação sofrida por algumas pessoas em relação a sua vestimenta, moradia e classe social. Referir-se a papeleiros como potenciais assaltantes é vergonhoso. Dizer que deve-se ter alguns cuidados ao contratar alguém para sua empresa, como saber onde o indivíduo mora e se ele deve para a SERASA, visto que essa pessoa pode facilitar um assalto, me doeu na alma.

Por favor, alguém que é contratado para dar um curso sobre segurança não tem o direito de formular um perfil de "delinquente" segundo a suas percepções do senso comum. É imprescindível que todos os dados fornecidos sejam baseados em pesquisas estatísticas e com suas fontes citadas.

"Meu ouvido não é penico!"